sexta-feira, 11 de julho de 2008

Impressões sobre o ESTILHAÇOS

Impressões sobre o ESTILHAÇOS

Hoje, dia 08 de julho de 2008, cheguei do teatro arrasado. Não é sempre que a gente acerta. A dois dias de estrear eu percebi como várias coisas não estavam se encaixando, mas achava que tudo acabaria acontecendo da melhor forma, como sempre foi. Enganei-me... e, pela primeira vez na minha vida, subi ao palco para ser ridicularizado.

Estilhaços é um texto bom, foi durante muito tempo um projeto na minha vida teatral. Pensei em tudo com muito cuidado, decorei o texto, busquei intenções reais pro meu personagem (que não consegui mostrar), preparei a parte de multimídia, aprendi a fazer sonoplastia, não esqueci nenhum adereço, fui eu mesmo atrás do meu figurino, maquiagem.. faltou uma peruca. Decorei o texto, marcações, criei algumas marcações para enquadrar minha parceira no jogo cênico, mas não aconteceu. “O tiro saiu pela culatra”, literalmente. Não vou justificar meus erros e nem apontá-los, só queria registrar que nem sempre acertamos o alvo. É poético dizer que a arte é conjunto, que em um dueto deve haver reciprocidade. Como não consegui enxergar a tempo? Não consigo entender. O erro não é desperdício se soubermos usá-lo como aprendizagem e crescimento.

Meu sexto sentido não falhou essa noite. Eu sabia que não aconteceria, mas eu tinha dado a minha palavra. E nunca fui covarde em minha vida teatral. Na verdade eu apostei nesse esquete. No começo tinha grandes pretensões. Quis fazer grande. Muito Mais... Tivemos condições de fazer. Os detalhes nos prejudicaram por completo.

O cuidado com os detalhes, eis o que vou levar de lição, o cuidado com os detalhes. Tem outras lições que gostaria muito de aprender também. Não confiar demais nos outros é um erro que cometo sempre. Cada pessoa tem sua energia, seu momento. O Estilhaços não era o projeto de ninguém, a não ser meu. Ninguém comprou a idéia pra si. Ninguém acreditou de fato nela. Eu não consegui dar o melhor de mim, por que estava preocupado com fatores externos. Que merda os fatores externos. E que merda não existir um conjunto em minha vida. Agora agüenta menino, o alvo não foi conquistado, o tiro foi retardado, então vou tentar atirar de novo... quem sabe eu acerte. Queria ao menos um escudo, mas nem isso tenho .


Carlos Wagner

terça-feira, 17 de junho de 2008

FOTOS DO ESTILHAÇOS FESTIVAL DE TEATRO

Carlos Wagner

Violência
Assassinato
Culpa e Obsessão
Psicopata
Cartaz do espetaculo estilhaços
Mente fragilizada
assalto e estupro




Estréia 08 de julho no teatro do SESC Emiliano Queiroz Fortaleza -Ce

sábado, 3 de maio de 2008

O monopólio do Conhecimento

O Monopólio do Conhecimento


By Marcelo Costa

Existem pessoas que julgam que só elas sabem das coisas. Só elas estudam, só elas pesquisam, só elas compreendem. Adquiriram todo o saber. Não sobrou pra ninguém. Como se conhecimento e cultura fossem uma mercadoria, por exemplo, batatas em um supermercado, que se você adquiriu o estoque inteiro, não sobrou para outro comprar. Também já nascem sabendo. Depois da primeira peça já são gênios. São talentosas por direito divino. Pronto!
Por favor, caro internauta, não coloque a carapuça. Não estou falando de você ou de alguém que você já identificou. Isto é um ato falho de sua parte. Estou falando genericamente. Não estou pensado nele(s). Não faca como Dante, que ao escrever a parte do "Inferno" da "Divina Comedia", colocou todos seus inimigos lá dentro. Como você sabe, o livro está divido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. O inferno está dividido em nove círculos descendente, e o purgatório em sete círculos ascendentes. Quanto mais se des-ce no inferno, mais grave, os pecados. E de lá ninguém sai nunca mais. Dá-se o contrário com o purgatório. Quando mais se sobe, mais perto do Paraíso. Mais leves, são as penas a purgar. E lá, tem saída. Sim, eu sei o que você está se perguntando. Os gays estão no purgatório, no sétimo círculo, pertinho do Céu. (viu João Paulo, Carol para os íntimos).

Minha vida no camarim: Tive mais de 25 anos de camarim coletivo, unisex, no pequeno teatro do IBEU centro. Atores e atrizes mudando de rou-pas juntos, ao mesmo tempo. E ninguém tem tempo de reparar, de prestar atenção, tudo gira em torno do espetáculo prestes a começar. Artista vê com outros olhos, os olhos da arte. Realmente não tem maldade. Mais inocente que o famoso "beijo técnico". Nesta hora somos puros como os anjos.
Voltando ao nosso assunto: Pior do que o monopólio do conhecimento é o Monopólio do Talento. Só eles sabem fazer teatro. Só o espetáculo deles presta. Só a teoria deles é certa. Se alguém não gosta, é porque não tem al-cance. Aí de quem discordar. Se o público abomina, é porque é burro. E assim vão vendendo gato por lebre.
Na geração mais nova, junte-se a isso, a Pretensão. É o que Waldemar Garcia chamava do curso do pinote. De principiante passam a mestre das artes cênicas. Doutores. Falta humildade. Falta auto-crítica. Principalmente, falta ética. Mas isto já é outro assunto. Pra depois.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Estréia Uma Noite Quase Vazia (Quimeras de Teatro)

Serviço

Estréia 17 de julho, 19hs

Teatro Morro do Ouro (Anexo teatro José de Alencar)

Ingressos: 10,00 e 5,00

Censura: 18 anos

Duração: 1h10min

Capacidade do teatro: 90 lugares

Em cartaz dias 24 e 31 de julho.

Informações: (85) 8710 - 9434 / 87088173 / 8680 - 5492


SINOPSE DA PEÇA:


Uma Noite Quase Vazia tem influências detectáveis da obra Rodrigueana, ela passeia pelo inconsciente do homem, que ainda está permanentemente ligado ao passado. Seus personagens vivem uma realidade claustrofóbica onde suas ações são polarizadas e se mostram irônicas, moralistas e detratoras de sentimentos indefinidos.


Aurélia é uma mulher que conflita a religião e o instinto, e tenta a todo custo sustentar um casamento falido pela impercepção da convivência. Em contra partida, Olavo, seu esposo, movido a paixão, comete uma loucura que levará as personagens à reinvenção delas mesmas.



ELENCO:

Beth Fontenelle como Aurélia

Patrícia Bastos como Tereza

APRESENTANDO

Rommel Costa como Afonsinho

Rubem Ventura / Olavo

Samuel Moura / Irmão Messias

Levi Adonai / Nêgo

Bibi Mesquita / Antonia

PARTICIPAÇÃO ESPECECIAL

Gláucia Alencar


SOBRE UMA NOITE QUASE VAZIA


É um texto poético no tocante da palavra, Uma Noite Quase Vazia por si só tem sonoridade lapiante e cortante. Uma Noite tem mistérios, ela constrói e reconstrói seus personagens. Eles são de carne e osso, mas o enredo envolve seus elementos e signos numa teia umbilical onde o diálogo, apesar de compreensivo, não traz soluções. A tragédia é inevitável, o declínio da protagonista é determinante. Uma Noite Quase Vazia é promitente em sua construção sonora. A peça, ela passeia por pilares das descobertas e da fragilidade humana. Em sua construção cênica está o reflexo do ciclo da vida. Uma Noite Quase Vazia traz em seu âmago a palavra em execução, e esperou dez anos para ser levada aos palcos. E celebra os 14 anos do Grupo Quimeras de Teatro, e 15 anos de Antônio Marcelo á serviço do teatro. Disse o autor que em sua plenitude a peça é diferente das outras, que Uma Noite Quase Vazia não apela para a emoção, apesar dela está presente. Para ele, esse texto esmiúça o bom senso, recria os laços que ela mesma desfez e desfaz. Tudo isso dentro de um questionamento racional. A razão aparece explicitamente com uma estrutura incontestável. Aurélia e Olavo estão diante de uma separação iminente. Daí adiante os acontecimentos se sucedem e nada pode ser evitado. Os personagens, cada um deles tem seus motivos. E resta dentro de um possível restabelecimento a trajetória tratada e ainda a mercê do inevitável.

Mas cabe a pergunta: Seria Aurélia, a protagonista, uma vilã? Aurélia também é vitima. A loucura cometida por Olavo não justifica qualquer parâmetro aplicado pelo desequilíbrio. Dentro da trama, o caso Afonsinho teria por base a tentativa de aliviar a própria dor? Ou ele, Afonsinho, quis morrer para que Aurélia, sua mãe, fosse libertada? Nessa contextualização, a disputa de idéias e crenças é toda acirrada. Os personagens lutam em torno do convencer, da tentativa espiritual. Afonsinho ao morrer traz a mãe para a luz, fazendo com que ela venha á tona com uma identidade não governamentada por ela mesma. O fato é que o destino de Aurélia foi mapeado, e ela em seu desequilíbrio abstrato, mas aceitável, vai de encontro á inutilidade de suas constatações.

Aurélia necessita de psiquiatria? Mas aqueles que a cercam e estão envolta da crença cristã filosofam para ela, as regras a serem seguidas. E Aurélia assume o comando de ser comandada. O sexo em seu universo está obscuro, passa a ser um elemento satânico, e afogada em virtudes e princípios, ela cava seu próprio fim. Mas um final que também traga o sabor de renascimento. Aurélia perde mas com isso é desencadeada uma série de possibilidades para ela mesma. Olavo teria sido feliz, se ele tivesse atrasado suas ações alguns segundos. Mas isto é subjetivo. A objetividade não está ai. Ele morre no momento que Aurélia tenta enxergá-lo. Ou talvez fosse necessário ser assim. Os personagens possuem a superlatividade, mas aceitam passivamente serem escalados para funções sociológicas menores.

Uma Noite Quase Vazia tem um tremor no coração das personagens, um tremor na voz, na mão, na essência dos que se libertam e dos que se aprisionam. A trama é toda presente na atualidade. Mas tem amarras vindas do que de um todo se construiu lá atrás. Aurélia representa esse entrave, enquanto Afonsinho, ao meu ver é a mais bela construção cênica embora feita dentro de uma irrealidade, tem um que de um perceptível argumento expressionista. E Tereza se lança numa liberdade imprevisível dentro de um realismo perverso. A peça não guarda espaço para a fantasia. Tudo se mostra nu, tudo ainda cru na mente catalisadora de cada manifesto junto da conjuntura mitológica e mística que a obra apresenta. Há um elemento quase personagem que parecia desde o inicio ser intocável, que é a crença, mas ele, o elemento quase personagem crença vai fugindo no velo da trama, e se torna fugidio e fica questionável dentro de tudo aquilo que por ser, ou de repente nem de longe deveria ser. Mas esse elemento ainda indefinido ou esmiuçado poderia ser a coisa, a questão, o dardo a ser carregado ou abandonado pelos personagens. E o que somos? A identidade das personagens é arrancada delas mesmas, e é exatamente ai onde a trama é infalível. Tanto Aurélia quanto Tereza, Afonsinho, Olavo, Irmão Messias possuem em suas almas a dor que é expulsa silenciosamente. Nisto há uma vontade de liberdade que perpassa intrinsicamente e gritante.



NOITE VAZIA
NO FIO DA NAVALHA
FÉ INABALÁVEL
O PODER DO MITO HUMILDADE INCOMPREENDIDA
A QUEDA DOS MITOS

TRAGÉDIA ANUNCIADA

quinta-feira, 13 de março de 2008

Dr. Qorpo em Tantas Criaturas

Fui ao teatro dragão do mar, rever o espetáculo "DR. QORPO". Grupo Imagens nascido da idealização de Edosn Cândido. O teatro ao longo dos anos tem resistido ao apelo popular, tem se mantido graças aos esforços daqueles que se determinam pela magia do palco. Eu havia assistido "DR. QORPO" em janeiro ou fevereiro de 2007. O espetáculo estava em inicio de carreira, dali em diante as apresentações se sucederam. Naquele primeiro momento o elenco contava com nove atores. Nessa segunda versão conta com quatro atores. E confesso, houve a curiosidade em saber como estava esse novo processo.

É indiscutível a magia teatral, o encantamento diante os refletores acesos quando quatro atores interpretam o criador e suas criaturas. O texto tem força, tem poesia, tem o verbo de Edson Cândido, tem a paixão de Dr. Qorpo quando lutou e definhou em favor de sua arte.... precisaria uma reparação da minha palavra ao dizer definhar.... digamos que socialmente sim, ele definhou, mas artisticamente ele é herói de si mesmo, de suas crenças, de sua palavra jamais ilesa a emoção. O homem, Dr. Qorpo, pede justiça acima de tudo na iserção de ser possivel julgar somente pelo bom senso comum. A sociedade de hoje não se diferencia muito daquela provincia que não comprendeu o feitio artistico de seu homem maior, talvez. Dr. Qorpo em seu tempo era um homem a frente do seu proprio tempo, e isto é afirmado quando se diz que em uma provincia de aletrados, tudo se espera de um homem de letras... A peça traz sim, uma reflexão, uma história contada na versão dos vencidos e dos vencedores. A justiça, as leis interditam o homem, mas dentro de sua força emblemática Dr. Qorpo, sabe que ele não foi interditado, porque sua fé, sua crença em seus mitos era mais forte do que a lei dos peregrinos que se afogam em preces.

A sensibilidade de Edson Cândido traz aos palcos a comovente história desse homem preso em incompreensões sociais e humans. E isto é feito historicamente dentro de uma pesquisa que sublinha a delicadeza de mãos e mentes que parecem e se tornam elementos incitadores de razões e emoções pelos quais passam toda a humanidade. Temos muitas vezes nossos sonhos rompidos na dialética do inenarrável até por nós mesmos, mas este espetáculo em sua intrínseca humanidade nos convida, nos alerta a uma versão que deve ser contada - a versão nossa de cada dia, de cada coisa que somos e representamos. Por isso somos artistas, por isso somos seres transformadores de pensamentos.

Dr. Qorpo ganha vida, ganha admiração, ganha platéia, e com certeza ganhará festivais e prêmios por ser teatro vivo, por ser o teatro da palavra que eu tanto admiro. Teatro, eu vejo, é palavra, é sentir e nem sempre toque. E quem é Dr. Qorpo? Um representante legitimo do sopro, da coisa inacabada porque sua vertente não tem fim, não cessa... Vejo Dr. Qorpo, e não ignoro a arte arrebatada de mãos artesanais que tecem o fio do exercício da representação.

As duas versões:

Na primeira versão. Nove atores, impossivel eu esquecer os momentos mágicos de alguns, e o acerto de outros....

Na segunda versão: Três atores e uma atriz causam a mesma sensação para uma platéia atenta... para mim, é claro, não vou mentir para mim mesmo, eu senti falta dos outros atores, mas isso não minimiza a grandeza do espetáculo. Porque Dr. Qorpo é vida e não morte.

E finalizo com essas palavras que achei gigantescas:" Interpretem minhas peças, não falem de minha morte. Eu sou vida e não sou morte."

Aplausos grupo imagens....
by
Antônio Marcelo teatrologo cearense

quarta-feira, 12 de março de 2008

É Festa, é Festa, é Festa...



No dia 08 de Março, dia da mulher, o grupo Quimeras de teatro se reunio no sitio Vila Ester (Aquiraz) para comemorar o aniversário de Diego (dia 02/03), Luciana (07/03) e Wagner (09/03). Foi um momento de muita alegria e carinho. Na ocasião a banda "De Shorts e de Chinelos", cantaram muito pop rock para galera.
Parabéns à todos e obrigado por vcs estarem sempre perto.


quarta-feira, 5 de março de 2008

A Bela e Talentosa Estrela - Conversa de Camarim

Conversa de camarim
Marcelo Farias Costa
A Bela e Talentosa Estrela

Charlene não era atriz, era uma estrela. Você provavelmente nunca ouviu falar em Charlene Girão. Que pena. O teatro cearense nunca mais terá um figura como Charlene. Como Gilda, jamais haverá outra Charlene. Infelizmente não sei quando ela nasceu. Dizem que na segunda guerra era Coca Cola. Isto é moça de Fortaleza que namorava os soldados americano. Se você quiser visualizar como ela era, mais ou menos como era sua aparência, pense em Gina Lollobrigida, a atriz italiana. Andava sempre produzida. Com tamanco de salto alto, cabelo vermelho encaracolado. Chamava atenção por onde andava. Era quase um arraso. Falece no Rio de Janeiro, em 1998, senhora casada. Não sei quando para lá se mudou nem se teve filhos.
Eu gostaria de escrever algo a altura de Charlene. Talvez não consiga. Ela tinha um pé na história e outro no anedotário do teatro cearense. Ficou imortal como figura folclórica. Injustiça. Ela deve ser levada a sério. Tinha talento sim.
Charlene era sensual e explorava isso. Jogou tudo seu sex appeal no papel de Madalena no "Mártir do Calvário", do Conjunto Teatral Cearense, que criou para ela o slogan: a bela e talentosa estrela. A sede era no Pio X, atras da igreja do coração de Jesus, na Duque de Caxias. Os espetáculos do CTC, com Charlene dirigida por J. Cabral, arrecadavam fundos para a reconstrução da igreja. Foi lá que ela estreou em 1958 com "Alvorada" de Carlos Câmara.
Sua carreira foi relativamente curta. Participou de uma feira no parque, ci-dade da criança, onde dançava com um biquíni coberto de penas. Um gay invejo-so e falso amigo denunciou a Frei Conrado que ela dançava nua. Foi o fim. Foi vetada no palco do Pio X. Quando a companhia de revistas Walter Pinto, esteve em Fortaleza, ela fez teste e foi aprovada. Não consta que tenha seguido com a companhia. Mas na saída do teatro ela dizia para Izidoro dos Santos, segurando sua frasqueira: ele (Walter Pinto) disse que meu corpo era escultural. E era. Tipo violão, de formas voluptuosas e arredondadas. Não se conformava se não ser a Madalena do "Morro do Ouro", interpretado pela sílfide Tereza Paiva. E o que é surpreendente, mesmo seus mais ardentes detratores admitiram, que apesar do estilo de vida, Charlene casou virgem. Era também Mae West.
Minha estreia no teatro, com a peça "Jaçanã", em 1963 tinha Charlene Girão no elenco. Dizem que antes de começar o espetáculo ela distribuía bombom com os meninos para aplaudi-la quando entrasse em cena. Verdade ou mentira, era aplaudida, sim. Já não podia se apresentar no Pio X, e J Cabral só podia con-tar com ela nos espetáculos pelo interior ou fora daquela palco. Esse foi no Teatro Paroquial de Acarape, 15 de novembro, 1963. O folclore diz que no interior foi confundida com Miss Ceará, como noiva do Vavá (jogador da seleção de 58), equívocos que ela não desfazia.
Mas antes de ser minha colega de cena, entrevistei Charle para um jornal mural que tinha em casa. Era eu e Tinôco Filho, meu primo, o autor de "Quando as Borboletas retornam Ferida", premiado pelo SNT. Elaboramos as perguntas com antecedência. Algumas delas tiradas da revista Cinelândia, de entrevistas com outros atores. A primeira pergunta era: você se considera uma boa atriz? E lá fomos nos para o Pio X, caneta e caderno na mão. Na primeira pergunta terminou a entrevista. Charlene respondeu sem a menor sombra de modéstia:- Sou a melhor atriz do Ceará. Foi um choque e de tão estarrecidos não conseguimos continuar. Os colegas gostam de provocar Charlene e contar para ela comentários desairosos que por acaso se fizesse. Ela respondia com um bordão, que de tanto ouvir, decorei: - Estão despeitados, porque não tem o meu charme, a minha elegância, não chegam em aos meus pés.
Bordão que ela repetia sempre que recebia um comentário desfavorável. Do mesmo jeito ela confidenciava, de um por um do elenco, após o espetáculo, que "nós dois fomos os melhores, roubamos a cena". Ninguém acreditava. Ainda era teatro do ponto.
Charlene quando lhe conheci, eu era pequeno demais que entender sua grandeza. Que você brilhe no céu, junto de suas outras colegas, as estrelas.
veja outros textos de marcelo farias costa
http://www.teatroce.kit.net/conversa13.htm

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

E ASSIM CONSTRUIMOS UMA HISTÓRIA

HÁ DEZ ANOS TEATRO DO CENTRO(IBEU)
ANTONIO MARCELO, PATRICIA BASTOS e EDSON PAZ
davam vida a trama de "Victoria Capuleto"
NO MESMO ANO A IMPETUOSIDADE DE "O BECO" TOCA A TODO VAPOR

Gilliard D'Souza, Gizele Cordeiro, Alexandre Lima, Eveline Barros e Glaúcia Alencar

Mas esse espetáculo foi de Tomaz de Aquino, a grande explosão do Beco! Ele fazia sua estréia como ator....

sábado, 23 de fevereiro de 2008

NOSSAS PRODUÇOES

PRODUÇÕES DO GRUPO QUIMERAS DE TEATRO

Fundado em 17 de julho de 1996
Por
Antônio Marcelo, Eldine Abreu,
Fátima Rabelo, Conceição Freitas,
Conceição Borges e Jamille Lira Monte.

Pela Ordem Cronológica
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1997

SEM LICENÇA PARA AMAR I FESTIVAL DE ESQUETES DE FORTALEZA
SAGA NORDESTINA II MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE
SEM LICENÇA PARA AMAR EM CARTAZ TEATRO DO CENTRO
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1998

VICTÓRIA CAPULETO
EM CARTAZ TEATRO DO CENTRO
O BECO ESTREIA MOSTRA DE TEATRO ESTUDANTE
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1999

VÉU NEGRO LEITURA DRAMATIZADA
A DAMA DOS DESPREZADOS ESTREIA MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE
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2000

NOITE VAZIA LEITURA DRAMATIZADA
EU SOU ANTES, EU SOU QUASE, EU SOU NUNCA ESTREIA TEATRO DO CENTRO
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2001

CANAPUM E CAPUNET
NOS TEMPOS DA BRILHANTINA
TEATRO DE RUA
2002

NA MINHA PISCINA DE AZULEJOS AZUIS, NEM MORTA! TEATRO DO IBEU
2003

NO ESCURINHO DO CINEMA TEATRO DO IBEU
O CASO DA PITOMBEIRA PEÇA SOB ENCOMEDA
2004
SAPATINHO DE CRISTAL TEATRO DO IBEU
A EMOÇÃO DO PECADO ESQUETE I FESTIVAL ACONTECE
PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO LEITURA DRAMATIZADA
2005
AMIGOS PARA SEMPRE TEATRO DO IBEU
______________________________________________________________________2006
2006
DO LUXO AO ESCRACHO TEATRO DA A.C.I
AMORES MARGINAIS TEATRO DA A.C.I
2007
PERÓLAS SUBURBANAS FESTIVAL DE TEATRO Fortaleza
FESTIVAL DE ESQUETES Complexo João Marçal